‌‌‌‌O que é biohacking? 

Nos últimos anos, percebemos a popularização do conceito de "hackear" a fisiologia humana, de forma semelhante a um especialista em computadores que tenta hackear softwares. O objetivo do biohacking é exercer uma mudança positiva, aumentando o poder cerebral e, ao mesmo tempo, melhorando a qualidade de nossas vidas. Porém, será que o corpo humano e o cérebro são realmente hackeáveis? E será que podemos melhorar nossa biologia e nossa fisiologia com mudanças simples na alimentação e no estilo de vida? 

Dave Asprey, empreendedor e autoproclamado biohacker, define o biohacking como "a arte e a ciência de alterar o ambiente ao seu redor e dentro de si para que você tenha controle total sobre sua própria biologia".  Biohacking é um tipo de experimento científico que pode ser realizado por qualquer pessoa interessada.

Para começar a hackear o corpo e o cérebro, devemos utilizar uma das estratégias abaixo ou uma combinação delas. 

‌‌‌‌5 hacks para a saúde do cérebro e a memória

1. Jejuar

Desde a Antiguidade, nossos ancestrais jejuavam regularmente, privando-se do consumo de alimentos e, às vezes, certas bebidas por períodos prolongados. Inclusive, Hipócrates e Platão já discutiam o jejum em textos da Grécia Antiga. Pode-se dizer que Hipócrates foi o primeiro biohacker oficial. Muito tempo depois, no início do século XVI, o médico, alquimista, astrólogo e biohacker suíço Paracelso afirmou: "Jejuar é o melhor remédio — é o médico interior".

A maioria das pessoas que jejuam faz isso intencionalmente, mas nem sempre é o caso. Quando uma pessoa está doente, por exemplo, o corpo pode "forçar" um jejum. Pense na última vez em que ficou doente. Você chegou a comer? O mais provável é que você tenha tido pouco ou sequer tenha tido apetite. A perda de apetite durante uma doença ou lesão é a tentativa do corpo de restaurar o equilíbrio para ajudar a recuperar a saúde, deixando os patógenos presentes morrerem de inanição, enquanto os mecanismos de reparação do corpo trabalham com força máxima. O corpo está literalmente se autohackeando para tentar criar resiliência. 

Às vezes, nossos ancestrais escolhiam jejuar por motivos espirituais, talvez para tentar "purificar a alma" ou atingir um estado de ser ou autoconsciência mais elevado. Porém, devido ao ambiente, os seres humanos estavam em um de dois estados: banquete ou fome. Nós desfrutávamos da comida quando ela estava em abundância e jejuávamos quando havia falta de alimentos. Hoje em dia, no entanto, muitas pessoas ao redor do mundo estão sempre se regalando.

A espécie humana não teria sobrevivido se o jejum fosse algo perigoso e que representasse uma ameaça à vida. Recentemente, a ciência nos mostrou que, de fato, jejuar traz benefícios para a mente e para o corpo. Todos nós já tivemos a experiência de comer em excesso e perceber como isso pode ter um efeito negativo sobre a mente. 

Além disso, estudos feitos com animais nas últimas décadas demonstraram que a restrição calórica, algo normal durante períodos de jejum, pode ajudar na perda de peso e na melhora da expectativa de vida. De acordo com pesquisas, isso ocorre devido à ativação dos genes SIRT1 e SIRT2, que produzem proteínas que desaceleram o processo de envelhecimento. Em outras palavras, instituir a prática do jejum pode, de fato, te ajudar a ter uma vida mais longa e uma saúde melhor. 

Já se demonstrou que o jejum pode:

  • Reforçar o sistema imunológico para prevenir infecções
  • Aumentar a longevidade e a expectativa de vida
  • Promover uma clareza de ideias
  • Reduzir a produção de insulina
  • Aumentar os níveis de energia
  • Reduzir a depressão e os sintomas da ansiedade

2. Fazer exercícios

Realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana não é bom apenas para o coração e para o bem-estar vascular, mas também é ótimo para o cérebro, a memória e para prevenir doenças cerebrais. Fazer exercícios físicos é um dos melhores hacks cerebrais — e um dos mais baratos — que uma pessoa pode executar. 

De acordo com cientistas do esporte, há quatro tipos diferentes de exercícios. São eles: 

  • Resistência (caminhar, trotar, fazer trilhas, correr)
  • Força (levantamento de peso, faixa elástica, subir escadas)
  • Equilíbrio (ioga, agachamento com uma perna, prancha etc.)
  • Flexibilidade (afundo, alongamento isquiotibial etc.)

Estudos mostram que se exercitar aumenta os níveis de uma importante proteína no cérebro, o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), também conhecido como abrineurina. Essa proteína foi isolada pela primeira vez em 1982, em cérebros de porcos. O BDNF ajuda na formação de nova memória e é importante para a manutenção da memória de longo prazo. 

Um estudo de 2010 concluiu que "treinos com exercícios aeróbicos estão associados a leves melhoras na atenção e na velocidade de processamento, no funcionamento executivo e na memória". E a proteína BDNF participa disso. 

Um estudo posterior, feito em 2016, também demonstrou que a prática de exercícios não apenas beneficia a função cognitiva, mas também pode ajudar a prevenir enfermidades neurológicas, como as doenças de Alzheimer e Parkinson. Além disso, sabe-se que fazer exercícios ajuda pessoas com sintomas de depressão. Recomenda-se fortemente começar com atividades bem simples, como uma caminhada diária. Pessoas com boa saúde também devem considerar outras formas de exercício. Pessoas com doenças cardíacas devem consultar um médico antes de iniciar um novo programa de treinamento.

3. Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos

Uma dieta com baixo teor de carboidratos, como a cetogênica ou a paleolítica, também pode ser útil para otimizar a saúde do cérebro. Biohackers costumam utilizar essa estratégia. Pense na última vez em que você fez uma refeição rica em carboidratos, como arroz branco, macarrão ou pão. Provavelmente, você se sentiu muito bem durante a refeição e, possivelmente, logo depois dela. Porém, após 30 a 60 minutos, você pode ter sentido um cansaço físico ou mesmo uma leve confusão mental. Isso acontece porque esses tipos de carboidratos, também conhecidos como carboidratos simples, se transformam em açúcar. Então, o corpo precisa secretar insulina para ajudar a processar a carga de açúcar (glicose) à qual foi exposto. Se não for totalmente dissipado, esse açúcar acabará armazenado pelo corpo na forma de gordura.

Ao consumir uma dieta com baixos teores de açúcar e carboidrato, fica mais fácil criar cetonas. Cetonas são uma fonte alternativa de energia, produzida a partir da gordura corporal, que o corpo utiliza quando não há açúcar presente. 

Um estudo de 2004, por exemplo, mostrou que pessoas com perda de memória tiveram um desempenho melhor quando o cérebro utilizou cetonas e óleo de TCM para obter energia. Além disso, a capacidade de memorização foi significativamente melhor em comparação a pessoas que tomaram um placebo. 

Um estudo de 2019 mostrou que, "portanto, acredita-se que uma fórmula cetogênica [com baixo teor de carboidratos] tenha efeitos positivos sobre a memória verbal e a velocidade de processamento em pacientes com doença de Alzheimer".

Eu recomendo regularmente dietas com baixo teor de carboidratos aos meus pacientes. Dependendo do paciente, posso recomendar uma dieta paleolítica ou cetogênica. Ao longo dos anos, tenho visto ótimos resultados. Além da perda de peso, já vi pacientes reverterem pressão alta, pré-diabetes, diabetes e colesterol alto. Ao fim, esses pacientes se sentiram melhores e apuraram seu bem-estar mental e os níveis gerais de energia.

4. Reduzir inflamações

Inflamações crônicas são inimigas de um cérebro e um corpo saudáveis. Durante a última década, pesquisadores entenderam a importância das inflamações crônicas e sua capacidade de contribuir para ataques cardíacos, derrames, artrite e até demência e outras formas de perda de memória. Inflamações agudas, aquelas que ocorrem após lesões, são úteis no processo de restauração. No entanto, quando são persistentes, tais inflamações se tornam prejudiciais. 

Se o problema for uma inflamação, encontrar formas de preveni-la ou reduzi-la é o caminho para que você fique mais saudável. A alimentação pode desempenhar um grande papel nas inflamações — alimentos que promovem inflamações no corpo incluem os açucarados, processados ou fritos, carboidratos refinados e gorduras trans.

Felizmente, também há diversos alimentos anti-inflamatórios que podem promover a saúde:

5. Reduzir o teor de homocisteína

A homocisteína é um aminoácido cujo teor pode aumentar no sangue por vários motivos. Algumas causas incluem uma mutação genética do gene MTHFR, bem como deficiências de vitamina B6vitamina B12 ou ácido fólico/folato. Fumar tabaco e consumir álcool regularmente, bem como ter doença renal crônica, também parecem aumentar o risco de apresentar níveis elevados de homocisteína. Há fortes evidências científicas de que níveis elevados de homocisteína no sangue estão associados ao aumento do risco de derrame, ataque cardíaco e deficiência cognitiva. Provavelmente, isso se deve ao aumento da produção de citocinas inflamatórias, incluindo IL-1β, IL-6 e TNF-α, de acordo com um estudo de 2018.

Atingir níveis ideais de homocisteína no sangue pode ser uma ótima forma de ajudar a prevenir doenças crônicas desde o começo. Um estudo feito em 2010 avaliou 168 pacientes — 85 receberam vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico, enquanto 83 receberam um placebo. Os cientistas notaram que os participantes que tomaram as vitaminas tiveram 53% menos deterioração cerebral do que aqueles que receberam um placebo.

Um estudo de 2018 também demonstrou que pessoas com baixo consumo de folato, vitamina B6 e vitamina B12 tiveram um aumento na degeneração cerebral, disfunção vascular e perda de memória. As vitaminas B podem ser encontradas em uma formulação complexa ou individualmente, como vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico. 

‌‌‌‌5 suplementos para reforçar a saúde do cérebro e a memória

Açafrão-da-terra

Na cultura indiana, profissionais da medicina ayurvédica recomendam o açafrão-da-terra há gerações. A medicina tradicional chinesa também utiliza o açafrão-da-terra, ou jiang huang, porque se percebeu que ele é capaz de mover o "qi", ou energia vital, de uma pessoa. Além disso, muitos acreditam que o açafrão-da-terra aumenta o fluxo sanguíneo e alivia dores abdominais. O ingrediente ativo no açafrão-da-terra é a curcumina, que possui propriedades anti-inflamatórias.

Em relação ao hacking cerebral, o Dr. Dale Bredesen, autor do livro "O Fim do Alzheimer", publicado em 2017, considera o açafrão-da-terra como um importante componente na melhora dos sintomas da demência e da doença de Alzheimer. Porém, não é necessário esperar os sintomas da demência aparecerem. 

Um estudo científico mostrou que o açafrão-da-terra pode ajudar a reduzir o acúmulo de placas amiloides no cérebro, algo que começa de 15 a 20 anos antes dos sintomas da perda de memória. Acredita-se que o acúmulo desse material no cérebro seja a maior causa da doença de Alzheimer. 

Um estudo publicado em 2017 na Revista da Doença de Alzheimer concluiu que o açafrão-da-terra também pode ter um papel importante na prevenção da perda de memória. Há um grande entusiasmo quanto ao possível papel do açafrão-da-terra na prevenção de leves deficiências cognitivas. Ele deve ser considerado um suplemento essencial para biohackers que desejam otimizar a memória e prevenir sua perda no futuro. Atenção: o açafrão-da-terra pode aumentar o risco de hemorragia em pessoas que estão tomando anticoagulantes. Consulte seu médico antes de consumir tal produto.

Muitas pessoas bebem açafrão-da-terra na forma de chá, utilizam-no como um pó para tratar problemas de pele e tomam-no em forma de cápsula. Suplementos de curcumina/açafrão-da-terra costumam ser tomados em doses de 500 mg por dia ou 500 mg até três vezes ao dia.

Bacopa monnieri

Tradicionalmente utilizada na medicina ayurvédica por seus benefícios à memória, a Bacopa monnieri (também conhecida pelo nome popular bacopa) se tornou mais comum fora da Índia durante a última década, devido a estudos que comprovaram sua eficácia. A bacopa também é considerada um nootrópico, pois inibe a liberação de citocinas inflamatórias no cérebro, especificamente IL-6 e TNF-α. Em outras palavras, a bacopa pode ajudar a reduzir inflamações no cérebro e melhorar a clareza mental.

Um estudo duplo-cego e controlado por placebo, realizado em 2001, demonstrou que a bacopa pode aumentar a velocidade das informações visuais e o ritmo de aprendizagem e memória, em comparação a um placebo. Observou-se benefício máximo após 12 semanas. Portanto, é preciso ter paciência.

Além disso, um estudo publicado em 2012 na Revista de Medicina Alternativa e Complementar com Base em Evidências concluiu que "a Bacopa monnieri pode melhorar a atenção, o processamento cognitivo e a memória operacional". 

Por fim, uma meta-análise de 2014 (isto é, uma análise conjunta de diversos estudos) concluiu que a "Bacopa monnieri tem o potencial de melhorar a cognição e, em especial, a velocidade de atenção". Em outras palavras, ela melhorou a memória e a velocidade do cérebro.

Dose sugerida: conforme indicado no rótulo.

Forscolina

forscolina é uma erva utilizada na medicina ayurvédica. Tradicionalmente cultivada na Tailândia, no Nepal e na Índia, esse extrato herbáceo é obtido da planta Coleus forskohlii, que pertence à família da hortelã. No corpo, a forscolina aumenta os níveis de uma importante substância que os cientistas chamam de AMP cíclico (cAMP), que ajuda as células a se comunicarem e a trocarem mensagens. 

Um estudo de 2013 demonstrou que a forscolina aumentou o teor de certas proteínas no cérebro que ajudam a acelerar a regeneração das células cerebrais, estimulando a memória. 

Um estudo publicado em 2017 na Revista de Pesquisas em Regeneração Neural demonstrou que a forscolina pode ajudar a proteger o cérebro de degenerações nervosas e de danos causados por toxinas ambientais. Por fim, outro estudo de 2017, que utilizou ratos, mostrou que a forscolina pode ser útil na prevenção da perda de memória.

 Dose sugerida: conforme indicado no rótulo.

Ácidos graxos ômega-3

Os ácidos graxos ômega-3 também são conhecidos como ácidos graxos poli-insaturados. Eles são importantes componentes da saúde humana e trazem diversos benefícios, incluindo, entre outros, a melhora do funcionamento do cérebro, do coração e do intestino. Resolvinas — metabólitos do ômega-3 — são substâncias que ajudam a reduzir inflamações, de acordo com estudos

Existem diferentes ácidos graxos ômega-3, incluindo:

  • Ácido alfalinolênico (ALA, um ômega-3) — encontrado na linhaçanozes, soja, chia e sementes de cânhamo.
  • Ácido eicosapentaenoico (EPA, ou ácido icosapentaenoico) — comumente encontrado no óleo de peixeóleo de krill e ovos (se as galinhas tiverem consumido EPA na alimentação). 
  • Ácido docosa-hexaenoico (DHA) — ácido graxo ômega-3 que é um grande componente do cérebro, da pele e dos olhos humanos. Embora seja importante, ele não é considerado "essencial", pois pode ser produzido no corpo quando consumimos ácido alfalinolênico (ALA).

Um estudo de 2016 mostrou que os ácidos graxos ômega-3 tiveram um efeito positivo sobre o funcionamento da memória em adultos mais velhos. Um estudo posterior, feito em 2020, que juntou ácidos graxos ômega-3 a ácidos graxos ômega-6, também demonstrou benefícios à memória.

Xantinas

Talvez você não conheça essa palavra, mas é bem provável que você consuma xantinas diariamente ou que, pelo menos, já as tenha consumido alguma vez. Um exemplo de xantina é a cafeína, mais comumente presente em alimentos como caféchá, refrigerantes e chocolate amargo. Cientistas se referem à cafeína como um antagonista de receptores da adenosina que, quando ativado, melhora a concentração cerebral, a energia e o nível de atenção. 

Um estudo publicado em 2010 na Revista da Doença de Alzheimer mostrou que a cafeína reduziu o risco de doença de Parkinson, enquanto um estudo de 2012 na mesma revista demonstrou uma redução no risco de demência. Café e chá são escolhas populares entre aqueles que querem aumentar o nível de atenção e essenciais para aqueles querem biohackear. Saiba mais sobre a origem do café e seus demais benefícios à saúde. 

Referências:

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